terça-feira, 14 de maio de 2013

Um problema de degradação: a saga dos pneus 2013



Estalou o verniz nas boxes da F1. Os pneus continuam no centro das atenções e todos criticam os Pirelli.

O GP da Espanha teve 82 paragens para pneus, o que deu quase 1 pit stop por minuto. E mais seriam se não houvesse desistências. Hamilton andou a passo de caracol  e viu um Williams passar por ele  para seu espanto. Red Bull teve de se contentar com o 4º lugar não indo à luta pela vitória. A corrida foi perdendo ritmo e interesse com as sucessivas paragens.

Está na altura de perguntar se é esta a F1 que queremos. O patrão da Red Bull veio dizer que isto não é F1 e mais um jogo de gestão de pneus. Se calhar não deixa de ter razão. Vários comentadores já se vieram insurgir contra os pneumáticos e pedem uma revisão. Por seu lado  a Lotus, que consegue poupar pneus como ninguém, diz que não se devem reescrever as regras do jogo a meio, com a possibilidade de prejudicar uns para beneficiar outros. É que o Lotus tem falta de velocidade e só a capacidade de preservar os pneus durante a prova tem permitido a Kimi subir tantas vezes ao pódio.

A nossa opinião? Esta situação não é boa para a modalidade. Vemos pilotos que nem atacam nem defendem. São quase robots, em alguns casos, que sabem que tem de fazer um tempo determinado por volta, de forma a fazer “x” voltas, para assim a estratégia dar certo. E as perseguições? E a vontade de andar sempre mais? E o defender da posição? Tudo isso se dilui no meio da poupança da borracha.

É justo culpar a Pirelli? Não, de todo! Eles fizeram o que lhes foi pedido. Pneus mais macios, que durem menos, para possibilitar mais variações. E a fórmula até que correu bem até agora. As corridas foram bem interessantes. Mas a marca tem sofrido criticas constantes e torna-se complicado aguentar tanta critica durante tanto tempo. Tanto que vieram a publico dizer que se as equipas e os fãs quiserem a procissão monótona que se verificava antes eles não tem problemas, pois fazer pneus mais resistentes é bem mais fácil que os fazer menos duráveis.

É necessário chegar a um meio termo. Pneus que possibilitem no máximo 3 paragens mas que estejam mais virados para as 2 paragens, para assim poder haver variabilidade nas estratégias e os pilotos possam ainda assim puxar pelas maquinas sem medo de ficar sem pneus.

A Pirelli disse hoje que vai introduzir novos compostos  mais duros para GP do Canadá, mantendo os pneus actuais apenas para Mónaco, uma pista que é pouco exigente para os pneus. Segundo Paul Hembery, director desportivo da Pirelli, a marca subestimou a performance dos carros, dizendo que os testes são feitos num F1 Renault de 2010 que roda 4 a 5 seg. mais lento por volta que os carros actuais, o que não da dados suficientemente claros.  

É preciso ter muito cuidado com o que se vai fazer pois já há pessoas que dizem que a medida vai favorecer os Red Bull. A própria Pirreli tem essa noção e disse-o publicamente. Mas a verdade é que 4 pit stops por carro são demais. Esquecer a qualificação para poupar pneus é inaceitável. Tirar o pé do acelerador para poupar pneu vai contra a essência do desporto.

A situação é mais complicada do que possa parecer. Veremos como se desenrola.

P.S.  : No resumo dissemos que a ordem para Perez acalmar e ter cuidado com os pneus parecia uma continuação do episodio do Bahrain com o nº 1 da equipa a ser beneficiado em detrimento do recém chegado . Mas depois de ver o pneu de Perez já  “com os arames á mostra” acredito que tenha sido uma medida de precaução e não uma ordem de equipa.



Mapa dos Pit Stop´s de Espanha



Últimas :

Fala-se que Juho Hanninen será o piloto da Hyundai para o WRC de 2014. Supostamente, o piloto finlandês tem participado no desenvolvimento do i20 que fará o seu inicio no próximo ano.






A McLaren poderá deixar o prateado de lado e voltar ao laranja que caracterizou a marca no seu inicio. A parceria com a Vodafone vai acabar no final da época,e um novo patrocinador poderá levar a mudanças na estética do carro, desde que o patrocinador aceite a cor. Nós gostaríamos de ver outra vez os McLaren de vermelho e branco. Mas isso somos nós.







Fábio Mendes

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