terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O que interessa ver em 2014.

2013 está próximo do fim e enquanto se fazem as habituais avaliações do ano, os resumos, o que de mais importante aconteceu durante este ano, no Chicane, aproveitamos e olhamos para o futuro próximo, dando-vos conta das principais datas que qualquer fã dos desportos motorizados não pode, de maneira nenhuma, perder.


31 de Dezembro de 2013 a 11 de Janeiro
African Eco Race, com a participação de Elisabete Jacinto


5 de Janeiro
Dakar, com a participação de Carlos Barbosa, Rubem Faria, entre outros.


14 de Janeiro
WRC, Rali de Monte Carlo, prova mítica do campeonato do mundo de ralis que inicia o campeonato que será seguido como é habitual.


28 a 31 de Janeiro
Testes F1 em Jerez

19 a 22 de Fevereiro
Testes F1 no Bahrain

27 de Fevereiro a 2 de Março
Testes F1 no Bahrain

16 de Março
GP da Austrália de Fórmula 1. O regresso muito esperado da modalidade rainha dos desportos motorizados.


23 de Março
Moto GP no Qatar. O MotoGP é uma das maiores novidades de 2014. Já há muito que queríamos ter post´s sobre o assunto e finalmente iremos dar conta das principais novidades da modalidade.



30 de Março
Mais uma novidade para os nossos seguidores e leitores, a Fórmula Indy. Primeira corrida em St. Petersburg. Faremos um post acerca desta nova modalidade aqui no blog.

3 de Abril
Com Abril temos o nosso Rally de Portugal, ainda pelo Algarve…esperamos pacientemente pelo regresso ao Norte, a verdadeira “casa” do Rali.

6 de Abril
Loëb e a Citroën estreiam-se em Marraquexe no WTCC. Tiago Monteiro é o nosso homem no Campeonato!

12 de Abril
O regresso do World Series by Renault, fórmula 3.5, este ano sem Félix da Costa. A primeira prova é na fenomenal pista de Monza.


20 de Abril
World Endurance Champioship em Silverstone. Consegue a Audi vencer em Silverstone?


3 de Maio
RallyCross em Montalegre. Quem gosta de espectáculo tem de rumar à Capital do Rallycross para assistir a esta prova pontuável para o Mundial.


4 de Maio
Em Hockenheim o regresso do DTM, com dois portugueses fantásticos: Filipe Albuquerque e Félix da Costa. Nem precisamos de dizer que estaremos muito atentos aos seus desempenhos.



21 e 22 de Junho
O fantástico, indescritível e muito esperado, regresso do Circuito de Vila Real, onde os vossos prezados bloggers estarão em cima de todos os pormenores e desde já convidamos os interessados a ver ao vivo este evento, Temos todo o gosto em pagar-vos uma…água!!!


A partir de Junho é seguir os diversos campeonatos aqui no Chicane. Este ano serão 7 modalidades a seguir de perto com especial atenção. Vamos apostar muito no MotoGP e DTM, até porque têm pilotos muito promissores, que por acaso até são portugueses e continuar o trabalho que fizemos nesta nossa primeira época, na F1, WRC e WTCC. A novidade vem mesmo do outro lado do Atlântico com a Indy, e ainda esperamos dar conta dos GT´s e se possível do nacional de ralis, que esperamos ser do vosso agrado.

Bom Ano!


A Equipa do Chicane Desportos Motorizados.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

F1 – Antevisão de 2014

De 2014 espera-se muito. Espera-se mais competitividade, mais emoção, mais polémica. 2013 teve um inicio prometedor, mas foi perdendo gás ao longo do ano, e acabou por ser como uma "novela". Um inicio interessante, uma boa intriga, mas o final era mais que esperado e não era uma questão de “se” mas sim de “quando”. Vettel dominou, a Red Bull esmagou a concorrência.

Mas em 2014 a história promete ser diferente. Pelo menos no papel. Os novos regulamentos vieram colocar um ponto de interrogação sobre o que se pode esperar da próxima época. Novos motores, novas medidas nos chassis dos carros, novas regras. Tudo isto adicionará um picante que já faltava na F1. A mudança dos motores, embora lógica e com fundamento, não nos agrada muito. Ver o tamanho dos motores diminuir assusta um pouco. A F1 sempre foi grande e barulhenta. De todas as mudanças, é a que nos provoca mais comichão. Mas como já dissemos anteriormente, é a evolução que caracteriza a F1 e em termos práticos, poderá até ser muito interessante. Em relação às mudanças nos chassis é uma clara tentativa de diminuir a velocidade dos carros e tentar equilibrar, a nível competitivo, os carros. Ao nível das regras, que muita tinta fizeram correr, é certo que ainda não são o ideal, longe disso, mas são uma tentativa de aumentar a espectacularidade da modalidade. Nada contra.

A nível dos GP´s há duas novidades. A estreia da pista de Sochi na Rússia, onde os petrodólares. mais uma vez, se fizeram ouvir e bem alto e o regresso de uma das boas pistas do continente europeu… A1 Ring na Áustria, com o patrocínio da Red Bull. Saídas do calendário.. Índia e Coreia. Índia é pena pois a pista até tem potencial para proporcionar boas corridas. Mas ver regressar A1 Ring é muito positivo. Hockenheim também está de regresso (preferimos Nuburgring). Abu Dhabi vai ser a última corrida do ano, a tal com os pontos a dobrar.

Ainda falta muito tempo para o GP da Austrália, mas os testes de Janeiro estão à porta e será a partir dai que começaremos a ver como se vão adaptar os pilotos e equipas à nova realidade. Carros com muito mais binário que obrigarão a ter um pé direito mais afinado que nunca.

Numa tentativa muito arriscada, pois é muito complicado prever o que quer que seja para o próximo ano, vou deixar a minha opinião sobre o que acho que poderá acontecer, tendo em conta o momento das várias equipas e as movimentações que têm feito de forma a preparar 2014.



Red Bull: 

É das equipas que mais interesse suscitará no inicio da época pelas muitas mudanças que enfrentará. Saída de Webber e entrada de Ricciardo. Muitas saídas de engenheiros, alguns deles importantes na estrutura da equipa, novos regulamentos, o que implica deixar de lado a base do monolugar que tem dominado estes últimos anos. Tudo isto poderá abalar a equipa que tem vencido de forma indiscutível nos últimos 4 anos. A minha aposta… vais ser o costume. A equipa tem uma estrutura forte e o homem que faz magia continua, Newey, mantém-se na equipa e já isso é um garante de competitividade. É muito provável que o carro da Red Bull se mantenha nos lugares da frente. Vettel deverá continuar também a lutar por vitórias, embora não de forma tão folgada. Este ano poderá ser, finalmente, colocado à prova. De Ricciardo não espero muito. Não me parece que tenha talento para surpreender.



Mercedes:

Os Silver Arrows deverão ser, a meu ver, a equipa que terá mais hipóteses de destronar os Red Bull. A Mercedes, embora tenha perdido Ross Brawn, o que é sempre uma perda importante (esta saída pareceu sempre planeada e Toto Wolf já teria desenhado esta saída desde a sua entrada em 2013), reforçou-se com muita qualidade, com engenheiros vindos da Red Bull, que se juntaram aos reforços de 2013, em especial Pat Fry ex. engº. chefe da McLaren. A equipa evoluiu muito este ano, a dupla de pilotos é boa e com o investimento que os germânicos têm feito, é de prever que os resultados apareçam em breve.  Rosberg deverá continuar regular e espero muito mais de Hamilton. Este ano não esteve muito bem e começam a surgir vozes que Lewis é mais fogo de vista do que talento real. Ele próprio deve sentir isso e já disse que este ano terá de trabalhar muito mais para voltar a ser o que era. Acredito que regresse ao nível que mostrou na McLaren. Resumindo, boas hipóteses para  a Mercedes.



Ferrari:

Muitas alterações, e muitas novidades na Scuderia. Entradas de elementos chave de outras equipas (exemplo de Alisson que veio da Lotus), farão a equipa italiana dar um salto qualitativo significativo. Além disso, Alonso e Raikkonen na mesma equipa é de sonho… ou pesadelo. Veremos como se dão os dois juntos. Mas uma coisa é certa. Ferrari tem tudo para fazer melhor do que tem feito. Acontece que, ao contrário da Mercedes, que já tem uma base forte há algum tempo, a Ferrari tem uma base muito boa, mas ainda muito recente. E isso poderá ser um aspecto que prejudique a Scuderia. Mas parece-me que a Ferrari terá também uma palavra a dizer na luta pelo titulo. Se o carro não for tão bom como deveria ser, tem a sorte de ter os 2 pilotos que mais fazem com o pouco que recebem.


McLaren:

Este ano foi horrível, mas não será por certo no próximo ano que conseguirão voltar a brilhar como devem. Com a preparação para a entrada da Honda, este ano será de transição para a equipa de Woking. Como tal, penso que a equipa não irá lutar de forma séria pelo titulo. Deve lutar por pódios e será por certo o objectivo, mas o campeonato em si, parece ser pouco realista para quem tem de lidar e preparar tantas mudanças. Magnussen tem a hipótese de mostrar o seu talento, sem pressão, dada a conjuntura da equipa. Button será mais uma vez o grande prejudicado. Ele que deverá querer acrescentar mais um titulo ao seu currículo, vê assim a tarefa muito mais dificultada e a responsabilidade de "safar" a equipa será outra vez sua. Não espero grandes surpresas da McLaren. A partir de 2015 sim, deveremos ver de novo uma McLaren em força.


Lotus:

Grande ponto de interrogação na Lotus. Kimi saiu, o dinheiro não entra e Maldonado entrou. A vida não parece muito fácil para a Lotus, que sempre teve de lidar com o facto de ter pouco dinheiro. Com tantas mudanças e com uma dupla de pilotos que levanta duvidas, será um ano onde todos olharão com expectativa para o rendimento da equipa de Enstone. Grosjean já mostrou que pode ser muito útil à equipa e que pode ser ele a levar o barco em frente, mas terá de confirmar isso. Já Maldonado mostrou que tem muito para trabalhar para ser considerado como solução. A equipa parece ter uma organização boa, o que poderá ajudar, mas sem dinheiro não há organização que aguente. Era essencial que a Lotus mantivesse o nível que tem apresentado. Ainda assim acredito que terá condições para lutar pelo top 5 de forma consistente. Mais que isso parece me pouco realista neste momento.


Force India:

A Force India tem tudo para dar um passo significativo em frente. Penso que será a sensação da época. Este ano fez uma primeira metade muito boa e apenas não fez mais porque foi claramente prejudicada com a mudança dos pneus. A equipa tem investido na melhoria de infra-estruturas, já mostrou que consegue fazer um carro competitivo e tem agora uma excelente dupla de pilotos que permitirá sonhar com mais. Hulkenberg e Perez dispensam apresentações, são do melhor que há na F1. Se conseguirem juntar a isso um carro competitivo, acredito que será este ano que conseguirão finalmente o primeiro pódio. Será a equipa a seguir com atenção. Deposito muita esperança nesta equipa. 


Williams:

Outra equipa que me parece que poderá voltar a sorrir. Depois de um ano horrível, a equipa tem dado passos seguros quanto a reformulação da equipa, com contratações para a área técnica e com a entrada de Massa, que pode e deve fazer melhor que Maldonado. A mudança para motores Mercedes também parece ser vista com bons olhos na equipa. Parece-me que, embora ainda seja cedo para sonhar mais alto, a equipa irá melhorar muito em relação ao ano passado (não é difícil). Este ano com a entrada de Symonds a equipa melhorou muito e em 2014 espera-se que as melhorias sejam ainda maiores. Poderá ser a base para o regresso da "velha" Williams que dominou no inicio do anos 90.



Sauber:

Se este ano conseguiram uma recuperação excelente, para o ano as coisas parecem mais difíceis. Ainda sem investidores para a equipa, o que num ano com tantas mudanças é muito mau, o investimento para esta época pode estar comprometido e 2014 poderá ser apenas um ano de serviços mínimos para a Sauber. Além disso, a dupla de pilotos não parece ter estofo para dar a volta a um carro difícil, ao contrário do que fez Hulkenberg este ano, que tirou sempre o máximo do carro. Gutierrez, quanto a nós, ainda não está no ponto, embora tenha evoluído este ano e Sutil não é nada de mais. Di Resta teria sido uma opção mais acertada. Ano difícil à vista.



Toro Rosso:

Não deverá ser um ano fácil para a equipa B da Red Bull. A equipa já mostrou que não tem uma base muito sólida e que a organização não é a melhor. Além disso, terá Kvyat, um rookie que quanto a nós deu o salto demasiado cedo e que pode ser mais uma dificuldade. As novas regras vão exigir muito das equipas e a Toro Rosso não parece estar preparada para enfrentar essas dificuldades de forma positiva desde inicio. Não me parece que façam melhor que este ano. Pelo contrário.


Caterham:

Ficaram para trás este ano e foram ultrapassados pela Marussia, que mostrou que com simplicidade e um bom piloto, se conseguem fazer coisas positivas. Mas a Caterham, com o que investe, tem obrigação de fazer melhor e tenho a sensação que irá fazer melhor. Fala-se em Kovalainen ou Kobayashi para piloto da equipa ao lado de Van der Garde, que tem o dinheiro que a equipa precisa. O que significa que, embora o holandês deva ter o lugar garantido, a equipa quer um piloto já com créditos firmados, para fazer a equipa crescer. E se essa vontade se confirmar, a equipa segue no caminho certo e poderá voltar ao 10º lugar.


Marussia:

Conseguiu este ano um 10º lugar, que veio trazer dinheiro que a equipa precisava. É uma incógnita para mim esta equipa. Irá investir de forma seria este ano, uma vez que a F1 irá visitar a Rússia, ou irá a equipa manter o modelo dos outros anos? Fazer o mínimo e ver no que dá. Mantiveram Bianchi, que foi brilhante ao dar o 10º lugar à equipa. Não se sabe quem será o 2º piloto. Há muitas duvidas a volta da Marussia. Mas parece-me que voltará a ficar no ultimo lugar do campeonato.


Tudo isto são opiniões e tudo isto poderá ser muito diferente. E se for ainda bem, é sinal que a modalidade é imprevisível. Tudo isto será confirmado ao longo do ano, que esperamos seja emocionante. 

Qual é a vossa opinião sobre a época que ai vem? Deixem nos o vosso comentário.


Explicação das alterações nos carros em 2014.








Fábio Mendes

Michael Schumacher - A corrida da sua vida.

Ontem, o mundo da F1 ficou em suspenso. Michael Schumacher está em estado critico, a lutar pela vida, em França, depois de embater com a cabeça, de forma violenta contra uma pedra, quando esquiava numa pista desmarcada.

A tarde traria informações contraditórias. Mas no geral todos os meios de comunicação diziam que, embora complicada, a situação não era tão grave quanto seria de esperar. Schumi tinha sido socorrido de forma rápida e estava consciente, embora em choque.

Durante a noite de ontem chegaram informações que o estado de Schumacher era de facto mais grave do que se previa. Uma hemorragia provocou a gradual deterioração do estado do alemão que, embora consciente poucos instantes depois do choque, foi piorando enquanto era encaminhado para o hospital. Foi sujeito a uma intervenção cirúrgica, depois de feitos vários exames, de forma a remover todos os hematomas do cérebro e diminuir a pressão intra-craniana e assim limitar as lesões cerebrais, tendo sido no entanto descobertas mais lesões. As próximas 48 horas são cruciais.

Neste momento Schumi está a ser mantido a uma temperatura de 35 graus de forma a limitar os edemas, em coma induzido, estando constantemente a ser monitorizado.


O capacete que Schumacher tinha, evitou a morte imediata do alemão e a rápida chegada dos socorros também foi muito importante para evitar um desfecho pior.


Todo o mundo da F1 está de olhos postos em Schumacher e todos desejam uma recuperação rápida do heptacampeão do mundo.


Michael Schumacher é uma figura incontornável da F1. Para muitos é o melhor piloto de sempre. Estatisticamente é de facto o piloto mais bem sucedido de todos os tempos. 309 GP que se traduziram em 91 vitórias, 155 pódios, 68 poles e 7 campeonatos, 5 dos quais de forma consecutiva. São números enormes do Barão Veremelho como era chamado.

Na memória ficam as batalhas duras com Hakkinen, o único piloto que lhe fez sombra, durante o seu reinado, ou a fantástica sequência de voltas de qualificação em 98 na Hungria. Adorado por muitos, odiado por outros Schumacher, respeitado por todos, marcou uma era da F1.


Mas hoje nada disso conta. Hoje estamos todos a torcer para que Michael Schumacher vença aquela que é a corrida da sua vida. E os verdadeiros campeões mostram-se nestas alturas. e Schumcher vai voltar a vencer.

Estaremos atentos ao desenvolvimento da situação. Colocaremos informações na nossa página de Facebook e aqui no blog sempre que se justificar.




Fontes:

https://www.facebook.com/f1rtp

Fotos:
https://www.facebook.com/JBFansAroundWorld?fref=ts


Fábio Mendes


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

2013 passado em revista.

O ano aproxima-se a passos largos do seu final e está na altura de ver (ou rever) os resumos das principais provas que acompanhamos ao longo do ano. No total foram 7 as modalidades que fomos dando conta. F1, DTM, WRC, WTCC, WSR, MotoGP, e um pouco de FIA GT. Vamos então colocar os links dos resumos feitos até agora, de forma a que possam ter a informação toda num post. Por manifesta falta de tempo. não conseguimos resumir o WTCC ( algo que tentaremos ainda fazer) e o Moto GP. Ainda assim ficam com uma larga perspectiva do que aconteceu este ano nas modalidades seguidas.



DTM:

"O DTM é provavelmente a modalidade de turismo com mais fãs e com muita justiça. O campeonato é equilibrado, competitivo, os moldes da prova são muito interessantes e apresenta muitas similaridades com a F1 (categoria rainha do automobilismo). Este ano com a introdução do DRS as manobras multiplicaram-se. Os pit Stops (2 obrigatórios) levam a que a estratégia tenha um peso muito importante na corrida. O tempo gasto no pit stop ( média de 3 seg) assemelha-se em muito aos tempos praticados na F1."
" O cartaz dos pilotos também era muito apelativo. Existiam à partida 5 campeões de DTM. Spengler, campeão em título e o favorito, Ekstrom, Paffet, Scheider e Tomczyk. Aliás o DTM sempre teve excelentes pilotos. Basta lembrar que Di Resta, um dos bons valores da F1 foi campeão de DTM em 2010."


Resumo da época e destaques:

http://chicane2013.blogspot.pt/2013/10/dtm-rockenfeler-justo-campeao-de-2013.html






WSR:

No WSR seguimos com especial atenção e carinho a época de Félix da Costa. Uma época que acabou de forma amarga para todos nós, que contávamos ver o nosso formiga na F1. Mas o caminho às vezes pode ser bem complicado. Mantemos a esperança que ainda veremos Félix da Costa brilhar na F1.


Resumo da época de Félix da Costa no WSR:

http://chicane2013.blogspot.pt/2013/10/a-forca-do-formiga.html




WRC:

"A Volkswagen e Ogier foram os grandes vencedores da temporada, arrecadando todos os “louros”, fazendo a dobradinha com a conquista do mundial de pilotos e construtores, neste que foi o ano de estreia da marca alemã no campeonato do mundo de rally´s. 

Ogier, que depois de perder espaço dentro da Citroen, sempre em conflito com o outro francês, S. Loeb, abandonou a marca francesa, encarando uma época “sabática” na Skoda, mas correndo pela Volkswagen Motorsport, pois o Fabia S2000 mais não era do que um Polo R WRC disfarçado. Sem poder pontuar na sua categoria, onde os limites de teste são regra, Ogier, privou-se durante uma temporada de lutar com os melhores. Por alguma razão o fez, pois sabia do potencial do Polo versão WRC, e mais do que isso, da grande aposta da marca nos rally´s. "


Resumo da época:


Análise das equipas:


F1:

"2013 começava praticamente como começou 2012. Com muita expectativa, pois no Grid encontravam-se 5 Campeões do Mundo. Este seria também o último ano dos motores 2.8 L V8. Com muitas mudanças para 2014, não se previam alterações profundas nos carros. Apenas ajustamentos dos monolugares do ano anterior.

Havia curiosidade para saber se a Sauber ia manter os níveis do ano passado e se a McLaren e Ferrari conseguiriam finalmente vencer a Red Bull. Na Mercedes, a exigência era maior mas ainda não se exigiam títulos. Apenas bons resultados e o seguimento do crescimento sustentado da equipa. A Lotus era a grande incógnita. Seria capaz de manter ou melhorar os resultados do ano passado? Ou pelo contrário, teria ficado para trás em relação aos grandes do Paddock?"


Resumo da época:


Análise dos pilotos:





Análise das equipas:






Para o ano seguiremos com mais atenção o WTCC, pois a entrada da Citroen trará mais motivos de interesse, para além dos novos regulamentos que de certeza tornarão a modalidade mais apelativa, sem esquecer Tiago Monteiro, que poderá beneficiar das mudanças. 

Manteremos o DTM e com especial atenção aos portugueses Félix da Costa e Filipe Albuquerque. O campeonato deve manter-se competitivo, com a Audi a querer melhorar ainda mais, a BMW a estrear o seu M4, tentado regressar aos títulos e a Mercedes, que tem vindo a investi muito para voltar a vencer no DTM ( fala-se no regresso de Di Resta).

A F1 e o WRC, os pratos fortes da casa, vão manter-se nos mesmos moldes deste ano, com cobertura detalhada, resumos e destaques. 

Tentaremos, dentro do possível abordar mais o MotoGP, das modalidades mais competitivas e interessantes dos desportos motorizados. Temos em vista breves abordagens aos GT´s e a Indy, dependendo do tempo livre.


Contamos convosco, com os vossos comentários, sugestões, partilhas, para que possamos crescer ainda mais, agradecendo desde já por nos seguirem.


Fotos:
Retiradas do Google

Textos feitos pela equipa Chicane, com as fontes colocadas no final dos respectivos post´s.

Fábio Mendes

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Resumo da época 2013 de Fórmula 1 - Parte 3. Avaliação das equipas (do 5º ao 1º).

Concluímos a nossa avaliação das equipas, passando em revista aquele que para nós é o top5 de 2013.


5º McLaren:

No ano passado tinham acabado em grande, e no Brasil, com os novos pneus (embora a chuva não tenha permitido uma avaliação concreta) venceram. Todos pensaram que 2013 só poderia ser melhor. Mas muito pelo contrário, foi mau e muito mau. O MP4/27 de 2012 funcionava muito bem mas, como se chegou a admitir, funcionava melhor do que se previa sem se saber bem porquê. Decidiram revolucionar o desenho do carro, não arriscando apostar num carro que, embora com boas performances, não entendiam na totalidade. Com um novo desenho, a esperança seria que pudessem entender melhor o monolugar e dar assim uma base mais estável. Mas o MP4/28 funcionou muito mal e nunca evoluiu de forma claramente positiva.  Há então um problema grave, no que diz respeito ao entendimento dos carros. E como tal, a McLaren tem de rever de forma profunda a sua área técnica. Não é admissível, numa equipa de topo e com os recursos da McLaren, andar um ano a tentar encontrar soluções sem nunca as encontrar. Foi das piores época da sua história, e logo este ano que celebravam 50 anos. Muita coisa tem de mudar em Woking. Na nossa opinião, Withmarsh  não é o chefe de equipa ideal. Falta-lhe alguma liderança. A saída de Ron Denis deixou um vazio, que ainda não foi preenchido. Segundo os especialistas, há diversas áreas da aerodinâmica que necessitam uma revisão profunda de conceitos (as asas dianteiras por exemplo). A nova parceria com a Honda e o reforço com um elemento chave vindo da Red Bull, poderão melhorar as coisas. Mas de 2014 não se espera grande coisa, pois, ainda com motores Mercedes e com muita coisa a mudar com a entrada da Honda em 2015, será certamente mais um ano de transição. Assim é mais fácil entender a entrada de Magnussen. Um ano sem responsabilidades para o jovem que poderá ambientar-se mais a vontade e preparar-se para 2015. Button é o garante de estabilidade e de pontos. A sua experiência vale ouro e será mais uma vez o sacrificado para manter a casa direita.



4º Ferrari:

O F138 no inicio do ano parecia ser o melhor carro do grid. O andamento da Ferrari era superior e pareciam estar lançadas as bases para uma candidatura firme à vitória no campeonato. Mas nada disso se confirmou. O carro evoluiu mal e de forma lenta. Alonso ressentiu-se disso, vendo que não teria hipóteses (mais uma vez) de lutar com Vettel de igual para igual. Algo estava muito mal na Ferrari. O problema do novo túnel de vento, que obrigou a equipa de Maranello a usar o túnel de vento da Toyota, prejudicou a equipa. Mas foi claro que muitas das inovações colocadas nos carros à sexta, eram descartadas logo depois. Havia défice de qualidade na área da aerodinâmica e vendo esse problema, a Ferrari foi buscar o chefe da aerodinâmica à Lotus. O problema da Ferrari está a ser tratado aos poucos com contratações dos melhores engenheiros das outras equipas. Mas a realidade é que mais uma vez perderam a oportunidade de vencer e desta vez o carro tinha uma base que permitia sonhar alto. Não podem voltar a falhar assim. Agora com Raikkonen e Alonso, a dupla de sonho para qualquer equipa, com melhorias na área técnica e com a entrada em serviço do seu próprio túnel de vento, as coisas podem  e devem ficar melhores.



3º Lotus:

Poderia ter sido um ano brilhante para a Lotus. O carro embora não tivesse as armas do Red Bull, tinha os seus próprios argumentos. Obviamente que na primeira metade do ano, o grande argumento era Kimi, mas com a assinatura do finlandês com a Ferrari e com a perda de motivação, foi Grosjean que surgiu melhor que nunca, para brilhar e mostrar um andamento muito bom. O que significa que o carro permitiu que ambos pilotos brilhassem. Nas qualificações não era grande coisa mas em corrida, a forma como poupava pneus permitia recuperações fantásticas. E mesmo com a mudança de pneus, a equipa soube responder, melhorando as capacidades do carro em qualificação, uma vez que já não se justificava a poupança dos pneus, permitindo melhores resultados as Sábado. A equipa tomou sempre as decisões mais correctas ao nivel das alterações no carro. Tudo isto com as dificuldades financeiras que são conhecidas (o caso mais falado foi a falta de pagamento a Kimi), aliado a saída de um dos chefes da aerodinâmica, algo que poderia ter enfraquecido a equipa. Mas  a Lotus não perdeu o Norte. Continuaram a evoluir o carro (prova está que a meio da época trataram de adicionar mais uns centímetros de comprimento ao chassis, de forma a melhorar a aerodinâmica) e a equipa nunca pareceu afectada com as saídas das chefias. Mostra que a base da Lotus é boa e o organograma dentro das áreas técnica está bem feito. Boullier veio dizer isso mesmo, que não são saídas de algumas pessoas que afectam a equipa, pois há muito mais gente por detrás da maquina. É certo que em algumas corridas foram tomadas decisões estratégicas pouco correctas mas a experiência também se ganha com erros.Para o ano, o Line up é muito mais fraco. Grosjean assume-se como a estrela da equipa, mas esse estatuto ainda não está confirmado, pois apenas mostrou regularidade na ultima metade do ano, o que o torna neste momento num ponto de interrogação e Maldonado, até ver, traz apenas dinheiro. E é mesmo o dinheiro o grande problema. Estará a Lotus preparada para manter os níveis que apresentou? Duvidamos, dadas as inúmeras dificuldades em arranjar investidores. Mas seria uma pena ver está equipa que cresceu tão bem, ver o trabalho de 3 ano ser deitado por terra. Queremos continuar com uma Lotus a lutar pelos lugares da frente.




2º Mercedes:

Foi o grande passo em frente da equipa. Depois do regresso à modalidade, com o Barão Vermelho, sua alteza Schumacher e Rosberg e com prestações pouco conseguidas, a entrada de Toto Wolf aliada a várias adições de engenheiros, vindos de outras equipas, permitiram que o carro fosse completamente revisto e modicado para melhor, para além de alterações na própria organização da equipa. As performances em qualificação eram muito boas mas em corrida o carro não conseguia gerir os pneus. A falta de apoio aerodinâmico na traseira poderá estar na origem desse facto. Aliás, os Mercedes sempre pareceram muito “soltos” de traseira e isso prejudicou muito os pilotos que, em corrida, não conseguiram tirar o melhor partido do carro. Certo é que conseguiram 3 vitórias. E 3 vitórias neste ano são algo de muito bom. O W04 parece ser uma boa base de trabalho para o futuro, precisando de ganhar mais competitividade em corrida. Só agora a Mercedes parece dar os passos certos para tentar lutar pelo titulo. As contratações de técnicos de outras equipas sucedem-se, a dupla de pilotos é sólida e dá garantias. Para o ano, a Mercedes deverá apresentar-se muito forte e a Red Bull terá que ter cuidado com os “Silver Arrows”. Além disso Toto Wolf, agora com plenos poderes na equipa, parece ser muito inteligente e sabe movimentar-se nos meandros da F1. A Mercedes está a trabalhar para ganhar cada vez mais peso na modalidade. 



1º Red Bull:

Se ter Vettel em forma ajuda, ter um carro perfeito ajuda ainda mais. O RB8 de 2012 já era excelente, faltando lhe velocidade de ponta e alguma fiabilidade. Trataram disso de forma impecável. A fiabilidade foi 5 estrelas para Vettel, que nunca se pôde queixar de um problema sério no carro (estranhamente Webber não pode dizer o mesmo), e as alterações que a equipa fazia no carro pareciam assentar perfeitamente às condições das pistas. Souberam sempre afinar o carro de forma perfeita, para cada fim de semana. Todas as decisões que tomaram resultaram em cheio. Todas as alterações e modificações no carro, tiveram efeitos positivos e foram mantidas. A equipa funcionou às mil maravilhas. Lembrar por exemplo Spa em que Vettel no carro do ano passado nunca passaria por Hamilton, como passou na primeira volta. Mas com as alterações implementadas no carro, conseguiu isso e mostrou-o em outras corridas. O RB9 terá sido dos carros mais completos de há alguns anos a esta parte. Foi simplesmente fantástico. Vettel nunca se cansou de agradecer o carro que tinha em mãose tinha motivos para isso. Mas quem tem Newey arrisca-se a isto. É actualmente o génio da F1 e isso vê-se pelo carro que construiu este ano. A Red Bull tem uma estrutura muito bem montada, onde se nota que cada um sabe o que faz. Veremos como vão encarar 2014. Os Bull´s enfrentam muitas saídas de engenheiros para outras equipas, o que colocará à prova a organização da equipa, num ano onde as muitas mudanças nos regulamentos, poderão ter um efeito negativo na equipa. Mas neste momento, a Red Bull é o mais próximo que existe da perfeição e são a equipa que todos querem vencer.


A nossa avaliação das equipas:

Red Bull
Mercedes
Lotus
Ferrari
McLaren
Sauber
Force India
Toro Rosso
Williams
Marussia
Caterham

Fica assim concluída a avaliação das equipas e o resumo de 2013. Faremos um post onde compilamos todos os links dos post´s feitos até agora sobre 2013.


Fontes:

Edição escrita do semanário Autosport. Análise técnica de Gary Anderson, antigo director técnico da Jordan, Stewart e Jaguar e agora comentador da BBC.

Fotos:

Retriradas do Google.

Fábio Mendes

domingo, 22 de dezembro de 2013

Resumo da época 2013 de Fórmula 1 - Parte 3. Avaliação das equipas ( de 11º ao 6º)

Depois de analisar a época no geral, e ter feito uma avaliação individual de cada piloto, é agora tempo de avaliar as equipas uma a uma, e entender quais foram as que mais brilharam e as que mais desiludiram este ano.

11º Caterham:

Do “campeonato dos últimos”, é claramente o elemento mais forte. O investimento que é feito na equipa, obriga a Caterham a ser mais competitiva e constantemente superior à Marussia. Mas este ano, não obstante terem um orçamento maior, ficaram para trás. Segundo especialistas, o carro à vista desarmada era interessante, com componentes no chassis que poderiam resultar em cheio. Se não resultaram, é porque houve falta de articulação entre as várias equipas técnicas, o que fez com que o carro, embora bem concebido, não rendesse o que devia. Falha nas chefias técnicas provavelmente. Não esquecer também que o desempenho dos pilotos não foi o melhor. Pic esteve muitos furos abaixo do que devia ter feito e Van der Garde, embora não tão mal, não teve nível para tirar mais do carro. Um ano para esquecer. Para o ano Van der Garde deverá ficar na equipa e fala-se no regresso de Kobayashi, assim como o regresso de Kovalainen aos GP´s. De qualquer forma nota-se que a equipa quer mais e a escolha dos pilotos pode confirmar isso.



10º Marussia:

A equipa com menos recursos da F1 não inventou. Leu os regulamentos e aplicou-os no carro, sem qualquer tipo de “truque”. A falta de investimento é visível na falta de inovação no carro. Foi provavelmente o carro mais simples do grid deste ano. Mas houve uma peça que funcionou às mil maravilhas. Essa peça está situada entre o banco e o volante do carro e chama-se Jules Bianchi. Foi graças a ele que o carro menos refinado, conseguiu ultrapassar os Caterham. Foi o abono de família de uma equipa que tem de fazer o suficiente, com pouco. Era necessário que a Marussia tivesse coragem para investir mais um pouco e tentar fazer algo diferente. Enquanto a Caterham tenta, à sua maneira evoluir e crescer, a Marussia tem feito pouco por isso. Pode ser que este 10º lugar os motive mais. Bianchi fica na equipa e só isso, devia ser motivo de festejo. Falta confirmar o 2º lugar. Provavelmente alguém com carteira grande e recheada.



9º Williams:

2012 tinha sido um bom ano para a Williams. Os bons resultados voltavam a aparecer, e a equipa parecia finalmente ter encontrado um rumo. 2013 fez esquecer tudo isso. Foi um dos piores anos da equipa e muito por culpa do carro. O FW35 era um carro muito complicado de conduzir, especialmente em curvas antecedidas de travagens menos fortes, onde se mostrava muito nervoso. A Williams fez uma aquisição de peso. Pat Symonds foi o responsável pela melhoria do carro. Fazendo algo muito simples. Retirando componentes que não funcionavam e colocando componentes que se mostraram eficazes em 2012. Isso foi visível quando retiraram os escapes com o “efeito Coanda”. O carro pareceu logo bem mais competitivo. Assim, Symonds ensinou que para se crescer na F1 não é preciso ser um génio. Às vezes basta ser prático e pragmático. Espera-se muito mais da Williams para o próximo ano, pois o reforço da área técnica tem sido feito de forma positiva, e como tal espera-se que os resultados se possam ver, já a partir de 2014. Mas este ano foi dos mais negros da equipa. Um bom ano para relembrar e nunca mais repetir. A dupla de pilotos para 2014 é bem mais consistente que a deste ano. Massa traz experiência e vontade de se mostrar em bom nível, e Bottas é um jovem que quer confirmar que pertence à F1. A Williams tem tudo para fazer melhor que em 2013.



8º Toro Rosso:

Foi uma época que até teve bons momentos, a maioria deles patrocinados por Ricciardo mas também com momentos baixos. E é nisso que se resume a época da Toro Rosso. Uma época difícil de avaliar. Se a primeira parte do ano foi até bem conseguida, ficou a sensação que podiam ter feito mais na 2ª metade. O carro não evoluiu o suficiente e os pilotos também não mostraram a estabilidade necessária. Mais Vergne, que pareceu perdido em pista. Ricciardo, ainda assim, levou a equipa o mais alto que pôde. Não se sabe se o carro tinha pouco potencial ou se a equipa não conseguiu perceber o carro ( mais provável a 2ª opção), mas se a Toro Rosso parecia bem lançada para uma boa época, ficou-se por uma época menos má. Será provavelmente preciso rever o funcionamento da área técnica. O ano que vem, terá Vergne sob pressão de Helmut Marko e Kvyat, um rookie que dá o salto a nosso ver cedo demais para a F1. E Gutierrez é o exemplo de que quando se salta cedo demais as coisas ficam muito difíceis.



7º Force India:

Teve uma primeira metade de época muito boa e ameaçou seriamente a McLaren, a certo ponto. Mas a troca de pneus veio prejudicar todo o trabalho feito até então. Segundo os entendidos, a equipa fez um carro simples, prático e muito eficaz. Trabalhou o carro a volta das características dos pneus, e como é óbvio, quando essas características se alteraram ficaram a perder. Como os recursos são poucos, tiveram de optar por parar a evolução do carro, para se concentrarem em 2014. E foi pena, pois teriam brilhado no mínimo mais um par de vezes. Assim fizeram um ultimo terço de campeonato muito abaixo do que poderiam ter feito. Para o ano espera-se mais, pois os regulamentos podem jogar a favor da equipa. Além disso será a equipa com uma das melhores duplas de pilotos do grid. A Force India tem, passo a passo, e contra muitas dificuldades, crescido gradualmente. Para o ano esperamos ver a equipa brilhar mais.



6º Sauber:

O carro tinha logo dado nas vistas pela pinta, e pelos “side pods” muito reduzidos e pelos flancos quase verticais, ao contrário dos arredondados que se vêm noutros carros. E pelos vistos, foi essa opção que deitou tudo a perder para a equipa, no inicio do ano. Pois desde aí, foi notório que a equipa passou o ano a corrigir os erros que tinha cometido no inicio. Colocamos a Sauber à frente da Force India, pois ao contrário da última, a Sauber nunca parou de melhorar o carro. Tentou sempre até ao fim criar um pacote cada vez mais competitivo, e conseguiu. É preciso reconhecer que Hulkenberg é também o grande responsável por isso. E diz quem sabe que, a seguir a Vettel, é o melhor a aproveitar os gases de escape para aumentar a aderência do carro em curva. Como? Acelerando mais cedo mas fazendo passagens de caixa mais longe do limitador, o que aumenta os gases quentes no difusor traseiro ( ou extractor como lhe queiram chamar) e aumentando assim a carga aerodinâmica, para além de diminuir a probabilidade de fazer fazer patinar as rodas traseiras. O último esforço da Sauber é de louvar. Uma equipa que enfrenta dificuldades de financiamento, que não desiste de evoluir o carro é um exemplo para todas as outras equipas. Mas temos de admitir que existe o reverso da medalha. Ao não investir tanto a Force Inda terá poupado o suficiente para atrair 2 dos melhores pilotos do grid, enquanto a Sauber ficará apenas com uma dupla para serviços mínimos.



No próximo post veremos as 5 primeiras equipas do grid e o seu desempenho.


Fontes:

Edição escrita do semanário Autosport. Análise técnica de Gary Anderson, antigo director técnico da Jordan, Stewart e Jaguar e agora comentador da BBC.

Fotos:

Retriradas do Google.



Fábio Mendes

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Resumo da época 2013 de Fórmula 1 - Parte 2. Avaliação dos pilotos ( do 4º ao 1º)

Finalizamos a análise dos pilotos com os 4 primeiros, que quanto a nós se superiorizaram em relação aos demais.



4º Nico Hulkenberg - Nota 7

Passou da Force India para a Sauber, que vinha de um 2012 bastante positivo. Toda a gente encarou como um passou para o lado, pois o germânico não iria encontrar mais condições do que na Force India (se bem que as prestações de 2012 pudessem dar algum alento). Na Sauber encontrou um carro complicado e que demorou muito a evoluir. Foi aguentando o barco até à segunda metade do ano, onde o carro deu um salto qualitativo e todo o talento de Hulkenberg veio ao de cima. Em Monza brilhou, partindo para uma série de resultados excelentes para o que se esperava da Sauber em 2013. Hulkenberg provou mais uma vez que é um piloto de top e o seu lugar já devia ser numa equipa de topo. Ainda não foi desta que conseguiu o lugar merecido mas não deverá demorar muito até que isso aconteça. Foi um ano bom para Hulk. Mas o alemão já elevou tanto a fasquia que só consideraremos um ano muito bom quando finalmente vencer. Quanto a nós será um dos futuros campeões do mundo.

Pontos: 51
Lugar 10º
Melhor que o companheiro de equipa em qualificação: 18 em 19 possíveis.
Melhor que o companheiro de equipa em corrida: 12 em 15 possíveis.

Na Force India terá como companhia Perez formando a dupla mais interessante do grid. Vão juntar-se os dois pilotos mais talentosos da "mesma geração". Veremos como Hulkenberg se dá na Force India que bem conhece. E esperemos que a Force India lhes forneça um carro para brilharem.


3º Kimi Raikkonen - Nota 8

O Iceman mostrou este ano todas as suas qualidades em pista. Foi a par de Vettel e Alonso o melhor piloto e só não fica à frente do espanhol por causa do atrito com a Lotus e pela operação às costas que o retirou das 2 ultimas corridas. Raikkonen aproveitou de maneira soberba os pontos fortes do E21 e esteve na frente até estalar a confusão da ida para a Ferrari. Caso Vettel não estivesse tão forte na segunda metade do ano, poderia ter sido um ano histórico. Ainda assim ficou mais uma vez provado que Kimi é dos mais talentosos pilotos do grid e que com um carro bom pode fazer frente a Vettel e à Red Bull.

Pontos: 183
Lugar: 5º
Melhor que o companheiro de equipa em qualificação: 10 em 17 possíveis.
Melhor que o companheiro de equipa em corrida: 8 em 12 possíveis

Kimi é um talento brutal dentro de pista, e um figurão fora dela. A legião de fãs que tem não engana. Kimi é mesmo a estrela da companhia. Consegue fazer muito com pouco, é o melhor a defender a sua zona e consegue conciliar com mestria ataque e defesa. Não há como não gostar de Kimi.



2º Fernando Alonso - Nota 8

A máxima do futebol “bola na frente e fé em Alonso” podia bem ser aplicada na Ferrari. A Scuderia falhou outra vez ao não dar ao espanhol um carro para lutar pelo campeonato. E Alonso sentiu isso. Não foi o guerreiro do ano passado. É certo que o seu desempenho em pista manteve-se excelente mas não foi o mesmo Alonso de 2012. As afirmações que queria um carro novo, deixando ficar mal a Ferreri e deixando Montezemolo chateado, vieram arrefecer uma relação que até aqui tinha sido boa. A verdade é que Alonso mais uma vez faz segundo e foi o melhor piloto do ano a seguir a Vettel. A Ferrari reforçou se muito e bem a nível técnico e será provavelmente um sério candidato para o ano que vem. E além disso haverá Kimi na mesma equipa. E Alonso está mortinho por ganhar mais um troféu. Não somos fãs do espanhol mas não há como negar a qualidade de Alonso. Está num nível soberbo Já devia ter mais um título de campeão em seu nome. 

Pontos: 242
Lugar: 2º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação:
Melhor que o seu companheiro de equipa em corrida:
Corridas terminadas:

A dupla Alonso/ Raikkonen vai animar e muito o próximo ano. Não será se calhar o duelo mais interessante de seguir mas será certamente um dos pontos altos do ano. E será o grande desafio para ambos. Antes de tentar vencer os adversários terão de tentar vencer o seu colega de equipa. A Ferrar fez o favor de apimentar 2014. Nós agradecemos.



1º Sebastian Vettel - Nota 9

Foi o alvo a abater mas ninguém foi rápido o suficiente para o fazer. A época de Vettel foi quase perfeita. Esteve sempre nos lugares da frente e na 2ª parte do campeonato o seu domínio foi avassalador. Soube tirar partido do RB9, fazendo assim uma dupla imbatível. A forma como conseguia ser 1-2 seg mais rápido por volta chegava a ser inacreditável. Foi assobiado (injustamente), mas é expectável, quando se ganha muito, que o público deixe de gostar. O único problema de Vettel é não ser colocado verdadeiramente à prova. Alonso ainda não teve carro para isso, Hamilton não teve carro nem andamento e Kimi estava num campeonato diferente, pois as suas armas não permitiam luta de igual para igual. É talvez o que falta a Vettel… Ter um confronto com alguém do seu nível, com máquinas similares e vencer. Só assim conquistará o respeito de todos .Mas este ano esteve num nível impressionante. 

Pontos: 397
Lugar: 1º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação:
Melhor que o seu companheiro de equipa em corrida:
Corridas terminadas:


Para o ano que vem todos os olhos estarão postos no germânico e se mostrar fraqueza, não faltará quem aponte o dedo e que diga que "afinal sempre era o carro". Não se pode fugir a realidade que os Red Bull são monolugares arrasadores, mas é preciso também que o piloto tenha a qualidade de aproveitar as potencialidades do carro. Vettel tenta mostrar que é bom todas as corridas e isso vê-se quando tenta ser o mais rápido e quando não levanta o pé. Ele, mais que ninguém quer o tal desafio para provar a todos o seu valor. Conseguirá o alemão provar isso?


Fica feita assim a nossa analise e avaliação dos pilotos. Recapitulando:

Vettel
Alonso
Raikkonen
Hulkenberg
Rosberg
Grosjean
Bianchi
Button
Hamilton
Webber
Ricciardo
di Resta
Bottas
Perez
Massa Sutil
Gutierrez
Vergne
Van der Garde
Chilton
Pic
Maldonado

Concordam com esta avaliação? O que mudariam? Façam nos chegar a vossa opinião.


Fotos:
retiradas do Google

Fontes:




Fábio Mendes

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Resumo da época 2013 de Fórmula 1 - Parte 2. Avaliação dos pilotos ( do 10º ao 5º)

 Continuamos com a análise dos dos pilotos em 2014 seguindo para análise dos pilotos que ficaram quanto a nós do 10º ao 5º lugar.

10º Mark Webber - Nota 6

Acabou assim a sua passagem pela F1. Webber não foi dos mais talentosos que passou pelo paddock, mas tem qualidade e acima de tudo carácter. O seu último ano não correu nada bem. Sucessão de azares quase inacreditáveis, com falhas próprias à mistura, que o impediram de fazer melhor. A forma como largou quase sempre mal é exemplo disso. 2010 foi o seu melhor ano, onde brilhou e batalhou de igual para igual com Vettel e onde perdeu o campeonato, que podia bem ter sido dele ( Red Bull queria que fosse Vettel). Mas a partir dai não mostrou nada de mais. Foi consecutivamente batido pelo seu colega, com o qual teve uma relação com mais baixos que altos. Multi 21 na Malásia foi o golpe final e o sinal que a F1 já não lhe daria nada. Sai pela porta grande, com a estima de todos e com um bom currículo. Podia ter ficado mais abaixo nesta avaliação mas a quantidade de vezes ficou sem KERS, para além de outras falhas mecânicas, impediram de ver se Webber tinha mais para dar. Fez uma excelente corrida no Brasil e despediu-se em grande.

Pontos:199
Lugar: 3º
Melhor que o companheiro de equipa em qualificação: 2 em 19 possíveis.
Melhor que o companheiro de equipa em corrida: 0 em 15 possíveis.

É verdade que nunca se superiorizou ao seu colega de equipa e este ano então ficou a milhas disso. Mas despediu se em bom plano da F1. A Porsche estará por certo feliz por contar nas sua fileiras com um piloto com a experiência e qualidade de Webber. É bom desportivamente e ao nivel do marketing.



9 º Lewis Hamilton - Nota 6

O ano de estreia na nova equipa não foi muito mau. Sabia-se que a Mercedes não tinha ainda capacidade de lutar de forma séria pelo titulo e apenas poderia almejar ficar nos lugares da frente. Hamilton começou bem o ano mas foi caindo à medida que as dificuldades foram aparecendo. Oscilou entre o bom e o medíocre, sem nunca mostrar a chama que o caracterizava na McLaren. Não terá sido um ano mau de todo mas a nosso ver ficou longe do que pode fazer. Pareceu muito instável a nível psicológico e nunca mostrou confiança. Terá de melhorar muito para 2014 e o próprio já admitiu isso.Venceu este ano, algo que não estaria à espera no inicio da sua nova aventura.

Pontos: 189
Lugar: 4º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação: 11 em 19 possíveis.
Melhor que o seu companheiro de equipa em corrida: 8 em 16 possíveis.
Corridas terminadas: 18

O próximo ano será importante para Hamilton. Tem de provar que o seu titulo não foi um acaso e para isso terá de lutar outra vez pelo titulo de forma consistente. A Mercedes reforçou se bem a nivel técnico e tem tudo para fazer um bom carro. Hamilton tem de voltar a ser como era antes. A versão deste ano não nos agradou.



8º Jenson Button - Nota 7 

Nunca esperaria o britânico que a época fosse tão difícil. Sem Hamilton ao lado, poderia assumir se como o nº 1 e tentar o assalto ao título, com um bom carro. Mas o carro saiu uma miséria e Button, que não é conhecido por tirar coelhos da cartola, viu se a lutar com os pilotos do meio da tabela. Não esteve nada mal. Foi graças a ele que a época da McLaren não foi um completo desastre. O piloto mais experiente do grid fez valer o seu conhecimento em pista, para conseguir os pontos possíveis. Embora a classificação final não o diga, foi um ano bom a nível individual para Button. É um gentleman dentro e fora de pista.

Pontos: 73
Lugar: 9º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação: 9 em 19 possíveis.
Melhor que o seu companheiro de equipa em corrida: 13 em 19 possíveis
Corridas terminadas: 19 

A McLaren tem de lhe dar um carro melhor. Não é tão dotado como Vettel Alonso ou Kimi mas tem “unhas “ para lutar pelo título, caso lhe calhe um bom carro.



7º Jules Bianchi - Nota 7

Este tem tudo para se tornar um caso sério. É mesmo piloto de F1. Foi graças a ele que a Marusia conseguiu o 10º lugar. Teve desempenhos brilhantes, que apenas não foram mais notados por andar sempre nos últimos lugares. No campeonato dos últimos, deu de calcanhar a todos. Perspectivamos um futuro brilhante a este protegido da Ferrari, que esperará pela saída de Alonso e/ou Kimi para fazer subir o francês. Fez um ano excelente e vai continuar a evoluir na Marusia por mais um ano, para ganhar experiência. Vai ser um piloto a ter em conta no futuro. Este é para lutar pelo campeonato daqui por 3/4 anos.

Pontos: 0
Lugar: 19º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação: 17 em 18 possiveis
Melhor que o seu companheiro de equipa em corrida:  14 em 16 possiveis.
Corridas terminadas: 16

É uma potencial estrela da F1. Merece mais destaque e veremos a voar mais alto em breve.


6º Romain Grosjean - Nota 7

O piloto que mais cresceu este ano. Iniciou a época como tinha terminado a outra. Com desempenhos a variar entre o brilhante e o ridículo. Acumulava voltas fantásticas, que fazia questão de fazer esquecer com erros infantis. Muitos duvidavam que se poderia manter na F1. Mas Grosjean admitiu as suas falhas, corrigiu-as e tornou-se num piloto melhor. Rápido já era, só lhe faltava consistência. E conquistou isso. Na parte final do ano foi o único a mostrar-se a Vettel. Os seus desempenhos foram fantásticos e provou a todos que pode ser um piloto de top. Deixou de ser temido pelos colegas, pelo seu estilo Kamikaze, para ser respeitado. E isso é uma vitória enorme. Resta saber se continuará assim em 2014. Mas este ano fica na memória pelos bons motivos. 

Pontos: 132
Lugar: 7º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação: 9 em 19 possíveis.
Melhor que o seu comapnheiro de equipa em corrida:  5 em 13 possíveis.
Corridas terminadas: 15

Para o ano terá uma tarefa bem mais difícil. A Lotus não atravessa um momento muito positivo e provavelmente o carro vai ressentir-se disso. Veremos como lida com a situação.


5º Nico Rosberg - Nota 7

Foi um bom ano para o alemão. 2 vitórias e uma série de corridas a bom nível. Não esperamos muito mais de Rosberg. Houve alturas que se superiorizou de forma clara sobre Hamilton e isso em teoria não é normal. Foi abaixo na 2ª metade do ano, quando a equipa perdeu a embalagem que tinha do início da época. Ainda assim mostrou que pode ser muito útil a equipa. Mas em condições normais é ele o nº 2. De qualquer forma este ano fez melhor que nos anteriores e conseguiu desempenhos muito bons.

Pontos: 171
Lugar: 6º
Melhor que o seu companheiro de equipa em qualificação: 8 em 19 possíveis.
Melhor que o seu companheiro de equipa em corrida: 8 em 16 possíveis.
Corridas terminadas: 17

Passou a primeira fase da sua carreira à sombra de Schumacher que nunca voltou a ser o Barão Vermelho. Nesta 2ª fase terá de se impor frente a Hamilton. Não tem tido tarefa fácil o alemão. Nunca deslumbrou mas também não é de comprometer. Forma com Hamilton uma dupla sólida.


Fotos:
retiradas do Google

Fontes:




Fábio Mendes